NOVA IORQUE
Altazurra
O estilista quis explorar a ideia de viagem e natureza como ponto de entrada para experiências psicodélicas com peças em tie dye. Camisas listradas, suéteres e blazers quadrados complementaram os looks com tênis retrô Keds.
Destaque para as parkas tingidas em tie dye com mandalas de discos de metal, sinos e miçangas.
Dion Lee
Lee destacou que nesta temporada ele aprimorou seu interesse em padrões de anatomia. As malhas com camadas e recortes estratégicos marcaram a coleção com minissaias, separações de couro e vestidos. Sua alfaiataria e jeans muito chiques e bem cortados em uma lavagem perfeita e acinzentada.
Monse
A história principal da coleção eram as anáguas e espartilhos.
O destaque foi para uma saia rodada até o tornozelo (com cintura elástica) combinada com shorts curtos, sandálias estilo Teva e um trench coat com fenda nas mangas.
O designer da grife, Wes Gordon, também usou listras, vestidos jeans em lavagem escura, macacão de bustiê com decote na frente e vestidos com tules e babados.
Coach
O estilista Stuart Verves concentrou basicamente em três peças nesta temporada: uma jaqueta de couro leve, tricôs remendadas e vestidos muito curtos de inspiração vintage.
Os looks contrastam referências urbanas e underground (como os casacos oversized) com elementos que fazem alusão ao mood praiano (tricôs largos e vestidos leves). Maxi bolsas, sandálias jelly coloridas e comprimentos mini também tiveram a sua vez.
Tory Burch
Tory Burch trouxe uma nova cara para a marca, com toque mais sensual e silhuetas bem marcadas, seja por roupas estruturadas, tecidos colados ao corpo ou modelos mais soltos e transparentes. A paleta de cores de tons claros e neutros eram predominantes em verdes, laranjas e azuis.
A coleção foi marcada por malhas finas, saias de camada dupla e saias sobre leggings de comprimento capri e capa de chuva de tecido tecnológico e top sem mangas.
Michael Kors
Michael Kors combinou a alfaiataria urbana chique pela qual ele é conhecido com o espírito relaxado com blazers alongados, sarongues e calças plissadas fluidas e ternos tradicionais.
Com peças sensuais e elegantes, os destaques foram para as fivelas douradas, colares de ouro dos quais ele suspendeu faixas líquidas de jersey em vermelho e verde-limão.
Tom Ford
A coleção relembrou diferentes capítulos da história da marca.
Camisetas transparentes e tops de sutiã de cetim preto evocando um desfile da Gucci na primavera de 2001 e os vestidos de chiffon desconstruídos que lembram um passeio da YSL na primavera de 2002.
Destaque para os paetês decorando os shorts cargo e as camisas de cowboy com franjas aqui certamente se qualificaram.
LONDRES
Erdem
No seu desfile que aconteceu durante a fúnebre semana do velório da Rainha Elizabeth II, o designer fez uma referência leve a passagem da monarca,
Erdem produziu todos os tipos de formas, estampas e enfeites: vestidos com cauda, a aparência de bainhas puídas, muitos tules pretos, florais, bordados em vestidos e trench coats.
Simone Rocha
Simone Rosa usou referências românticas e góticas que agora se somam ao sporstwear e ao utilitarismo.
Apresentou muitas camadas de tule branco, bege e rosa que se misturaram com jaqueta bomber de aviador e ganharam faixas ajustáveis que transformaram em silhuetas que se arrastavam pelo chão.
JW Anderson
O estilista usou seu senso de humor e ousadia. De um vestido metálico e espelhado em formato oval aos cabides que funcionam como alças em suéters e as peças em tecido que lembram buchas metalizadas de lavar louças.
O designer brincou com o fetiche da moda e da sociedade com a tecnologia. Usando peças de teclados de computadores do início dos anos 2000, vestidos camisetas com estampas gráficas, vestidos com frentes cruzadas, bermudas em couro matelaçado.
Christopher Kane
O estilista usou vestidos de alças de vinil transparente com sutiã de renda embutido, organza em cores pastéis e saias brancas com renda de lingerie, dobradas em laços.
MILÃO
Bottega Veneta
A coleção começou com looks casuais em couros que pareciam jeans, flanela e camisetas de algodão. Os decotes de funil curvos em jaquetas e camisas davam um perfil aerodinâmico.
Destaque para os vestidos de malha em jacquard, vestidos com franjas todas tricotadas à mão, a alfaiataria precisa que se destacou em ternos, camisas e casacos de ombros em ângulo e no vestido preto marcado por protuberâncias logo abaixo da linha do quadril.
Ferragamo
A estreia do novo diretor criativo, o inglês Maximilian Davis, já trouxe mudanças com o novo nome da marca que passa a ser somente @ferragamo.
O estilista trouxe novos cortes à alfaiataria com a monocromia em looks totais no bege, preto, branco e vermelho; o mix de tecidos fez as peças transitarem entre a seriedade, a sobriedade e uma leveza muito bem-vinda.
Jil Sander
O desfile trouxe looks modernos em ternos monocromáticos soltos na silhueta e de cor clara. Presença de calças cargo em cetim de seda.
Destaque para o artesanato do macramê e o crochê, vestidos de malha e os looks finais em franjas de lantejoulas.
Versace
Com a estética Y2k, Versace buscou rejuvenescer e fidelizar a geração Z com vários looks pink e verde vibrante para as entusiastas do Barbie Core.
A grife italiana desfilou vestidos com capuzes, ombros marcados e texturas que remetem a animal print que foram mixados a mini comprimentos, túnicas repletas de babados e cinturas baixíssimas em modelos flare.
Gucci
O estilista Alessandro Michelle apresentou sua nova coleção em inspiração à sua mãe que é gêmea idêntica e por isso usou modelos gêmeos. Trazendo looks duplicados, ele trabalhou na alfaiataria, apresentou roupas esportivas sofisticadas, brilhos, bordados e paetês.
Destaque para os acessórios de inspiração equestre do início dos anos 80, com brincos de espanador ou óculos escuros pingando em correntes que serviam tanto para obscurecer identidades pessoais quanto para mostrar sua mesmice.
Prada
A coleção apresentou um tema sóbrio e minimalista dos anos 90, com inspiração dos filmes de terror dos anos 60. Dos shapes dos vestidos camisola de alças finas à alfaiataria monocromática e essencial, sem adornos.
Miuccia Prada e Raf usaram peças estampadas em seda, vestidos sem mangas, suéteres e saias de malha, fendas das saias, camisolas brancas, silhuetas afuniladas até o tornozelo e casaco e jaquteta boxy com bota de cowboy.
Alberta Ferretti
Essa temporada foi marcada pela leveza, que é uma assinatura da marca, com cores picantes, usando organza, trench coats, moletons e jaquetas de safári. Quanto aos tons inesperados, tons de turquesa variavam com o verde abacate, o laranja brilhante e a cor fúcsia.
Destaque para o colete bem cortado e calças de linho, artesanato no conjunto de top e shorts enfeitados com pedras naturais e biquíni e minissaia feitos de ráfia de crochê.
Blumarine
Segundo o diretor criativo Nicola Brognano, a sereia é a nova encarnação da menina Blumarine e transformou o desfile em uma representação mais sombria e gótica, intrigante e mais sexy. A imagem da menina Blumarine parece estar submetida a um constante processo de mutação em versões em constante evolução de si mesma.
A coleção foi provida de infinitas variações de calças jeans e cargos, cujas bainhas se abriam em flares tão largos ou em babados ondulantes tão enormes que quase pareciam rastejar atrás das modelos. Ofereceu sutiãs em forma de concha em metal oxidado combinados com flares de jeans extremamente baixos ou híbridos de saia cargo.
Fendi
O diretor criativo Kim Jones apresentou a nova mulher Fendi: menos romântica e mais minimalista.
Com colete de couro cortado a laser e vestidos e tops transparentes, organza, tecido técnnológico sedoso, malha canelada esportiva, a coleção teve referencias do modernismo do final dos anos 90 e da virada do milênio de Nova York e Londres, influenciado pelos esportes.
PARIS
Isabel Marant
Com um visual identificável que ela criou, Marant voltou ao básico, revisitando os anos 90 até o início dos anos 2000. Havia um novo clima no ar com o estilo grunge e boho.
Destaque para os vestidos em retalhos de chiffon de seda floral com fios metálicos, calças motocicletas, jaquetas de camurça cortadas a laser, shorts e as saias esvoaçantes, jaqueta oversized, calça cargo, detalhes artesanais e macramé.
Loewe
O estilista quis explorar a falsidade na natureza. Um antúrio gigante de fibra de vidro cresceu de um buraco no chão em seu local de exposição, e ele adaptou a flor de aparência irreal para roupas, moldando corpetes que envolviam o torso e bojos do sutiã com as flores sugestivas.
Destaque para as peças mais suaves que evidenciaram o know-how da marca espanhola com o couro, como vestidos-camisa oversized e vestidos de moletom com braços abertos, além de dos tecidos delicados que formam reunidos com laços na cintura.
Chloé
Sempre focando na sustentabilidade, nesta temporada Gabriela Hearst dedicou essa coleção à fonte de energia por meio de dispositivos conhecidos como tokamaks.
Destaque para os vestidos de malha com recortes reciclados, blazers construídos em linho (material favorito de Hearst por seu método de colheita sem agrotóxicos, roupas utilitárias em couro, tênis de plástico reciclado, algodão reciclado que parecia jeans , lantejoulas de couro em forma de disco e um vestido trançado por anéis de metal que haviam sido feitos de crochê com fios multicoloridos.
Balmain
Balmain reuniu as coleções de pret-à-porter e couture numa mesma apresentação. Olivier trouxe memórias de sua vida com desenhos renascentistas que se misturaram com looks futuristas feitos de palha.
A coleção contou com tecidos que se alongaram pelas barras dos vestidos, silhuetas esculturais, telas para as amarrações, recortes, transparências, saltos plataformas e acessórios como bonés, tudo em uma paleta de cores em tons terrosos.
Victoria Beckham
A coleção se mostrou clássica, sem grandes riscos, mas cheia de feminilidade e sensualidade.
Destaque para os vestidos drapeados usados sobre meias e luvas de látex, cortes sugestivos, transparências e looks ajustados. A coleção primavera-verão apresentou tons de azul, rosa e lilás, além do preto característico da estilista.
Coperni
Coperni homenageou à mulher e ao conceito de feminilidade com uma apresentação que criou um dos momentos de maior impacto da temporada ao criar um vestido feito de spray, ao vivo, sobre o corpo de Bella Hadid. Ressignificando a sensualidade, o destaque foram para os vestidos feitos em mil peças de vidro bordado.
Valentino
Piccoli concentrou seu visual principalmente em vestidos ondulados e esvoaçantes de corte bonito, curtos ou longos, alguns com tesoura na cintura e ternos suaves qu///e eram andróginos com ou sem as guarnições de penas, em tons de marfim, bege e marrom.
Durante o show, ele introduziu cores saturadas brilhantes como contraste – azul elétrico, verde ácido, verde esmeralda. Destaque para as peças de lantejoulas plissadas, como um casaco de ombros ou um vestido de noite sem costas até o chão.
Givenchy
Com uma coleção delicada e feminina, foi apresentado um streetwear infundido na contemporaneidade.
Destaque para os jeans desleixados, vestidos amarrados nas costas, vestidos franzidos, e jaquetas boucle.
Balenciaga
O estilista Demna decidiu não explicar mais suas coleções. Segundo ele, “Moda é uma arte visual e tudo o que precisamos é que ela seja vista pelos olhos de alguém.
Com os rótulos fazem cada vez menos sentido, ele seguiu p desfile com cintos maxi, corsets combinados a calças largas de cós baixo, hoodies com micro-shorts, vestidos de festa cobertos de paêtes, jaquetas puffer justas, uma bolsa-manga-luva e mochilas canguru para bebê.
Stella McCartney
Stella McCartney resumiu seu show ao ar livre com uma coleção sustentável. Ela reevocou os anos 2000 através da melhor tecnologia que os anos 2020 têm a oferecer: roupas em algodão regenerativo; sapatos feitos com base de plantas, como couro sintético feito de casca de uva; sacos em couro de cogumelo micélio; e peças de strass criadas sem colas e solventes animais.
Com a genética Y2K, a coleção apresentou tops de corrente de ouro, blazers com saias assimétricas e meias de rede, calças jeans brancas, terno cargo, colete e calças de cintura baixa.
Miu Miu
Nessa coleção, Miu Miu ofereceu um tipo de moda que ressoa com os gostos sensuais, subversivos e focados no produto das gerações digitais.
Destaque para os vestidos e saias com cordões, fios de nylon amarrados ao redor do quadril de saias plissadas, blazers com o forro rasgado e puxado sob a bainha externa para revelar uma camada de baixo para que funcionassem como minivestidos, saias com sutiãs combinando cortados de tecidos de alfaiataria e suspensos frouxamente no ombro, e ternos de couro e jeans.
